No Brasil, estima-se que o câncer do colo do útero seja o terceiro mais comum na população feminina, sendo superado pelo câncer de pele e pelo de mama. Este tipo de câncer representa 10% de todos os tumores malignos em mulheres. É uma doença que pode ser prevenida, estando diretamente vinculada ao grau de desenvolvimento do país.
Os principais fatores de risco identificados para o câncer do colo
do útero são: fatores sociais, ambientais e os hábitos de vida, tais
como baixas condições sócio-econômicas, atividade sexual antes dos
18 anos de idade, pluralidade de parceiros sexuais, vício de fumar
(diretamente relacionado à quantidade de cigarros fumados), poucos
hábitos de higiene e o uso prolongado de contraceptivos orais.
Estudos recentes mostram ainda que o vírus do papiloma humano
(HPV) está presente em 99% dos casos de câncer do colo do útero.
O Câncer do colo do útero demora muitos anos para se desenvolver e geralmente só apresenta sintomas quando está em fase avançada. Mas, desde o início as alterações celulares são facilmente detectadas pelo exame preventivo (papanicolau) e são tratáveis.
Fazer o exame preventivo (papanicolau) anualmente mesmo sem sentir
nada de anormal. O exame consiste em retirar uma pequena amostra de
secreções do colo do útero, feita com uma escovinha e espátula, é
indolor, barato e eficaz, podendo ser realizado por qualquer
profissional da saúde treinado adequadamente. Este material coletado
é colocado numa lâmina de vidro, para exame em laboratório. Sua
realização periódica permite reduzir em 70% a mortalidade por câncer
do colo do útero na população de risco.
Toda a mulher que tem
ou já teve atividade sexual deve submeter-se a exame preventivo
periódico, especialmente dos 25 aos 59 anos de idade. Inicialmente,
o exame deve ser feito a cada ano.
Quando não se faz prevenção
e o câncer do colo do útero não é diagnosticado em fase inicial, ele
progredirá, ocasionando sintomas. Os principais sintomas do câncer
do colo do útero já localmente invasivo são o sangramento no início
ou no fim da relação sexual e a ocorrência de dor durante a relação.
No caso do resultado apresentar alguma alteração, a mulher será
encaminhada para a realização de outro exame mais detalhado. Se for
necessário será feito um tratamento. Só um profissional de saúde
pode avaliar adequadamente cada caso e fazer a indicação de um
tratamento adequado. Siga a orientação recebida, aproveite para
tirar suas dúvidas.
Em alguns casos, para esclarecer melhor o
diagnóstico, são realizados outros exames.
O simples exame ginecológico realizado regularmente detecta alterações que podem ser tratadas e curadas muito antes do desenvolvimento do câncer.